domingo, 22 de agosto de 2010




"Com a gente foi diferente, começamos pelas verdades."


Começar uma relacionamento pelas verdades é um grande desafio mas, de fato, torna os laços mais fortes. Acostumados com as "inverdades" e com a visão limitada que a maioria de nós "prefere" ter, acabamos nos surpreendendo quando nos deparamos com alguém que expressa o que sente mas não esconde a realidade dos fatos.
Por vezes, acabamos acreditando na existência do relacionamento perfeito - grande utopia - não por falta de conhecimento ou vivência a dois e sim porque enxergar o que nos convém muita das vezes é a melhor saída, ou a melhor forma de manter um relacionamento aparentemente sólido.
A grande verdade é que a maioria prefere o comodismo de uma relação instável do que encarar um relacionamento novo cheio de possibilidades e incertezas. São muitos os exemplos de casais supostamente "perfeitos" mas que não dialogam, que não trocam experiências de vida, que não se conhecem a fundo. Porém, vale mais um relacionamento onde você aprende a amar a outra pessoa, conhecendo seus pontos fortes e a suas vulnerabilidades do que um relacionamento onde as verdades só são reveladas depois.
O amor é cego? Eu diria que não. Nós é que ficamos "cegos" quando estamos amando. Feliz aquele que consegue amar e enxergar as coisas como elas são, sem que com isso perca o encanto, mas aprenda com o outro que um relacionamento não vive só de amor. Um relacionamento vive de verdade acima de tudo. Não é fácil... Até porque a verdade nem sempre é o que queremos ouvir, mas ela nos torna mais fortes. É uma experiência ímpar. Amor e verdade andando juntos. Agradeço todo dia por ter vivido esse momento e ainda vivo, posto que carrego esse amor e essa verdade dia-a-dia comigo. O amor é uma dádiva de Deus e tudo que vem de Deus é verdadeiro, é real. Espero que Ele continue agindo sobre minha vida e guiando meu caminho conforme sua vontade.


Amor sem verdade é sentimentalismo.


(Papa Bento XVI)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vinte e dois



É interessante parar para analisar a nós mesmos. Sempre me recordo com carinho do caminho percorrido até aqui. Vinte e dois anos e um milhão de lembranças e aprendizados.
A infância.. filha caçula de uma família cercada de homens para todos os lados, enviada por Deus pra completar o papai, a mamãe e os quatro irmãos. A filha mulher, grande responsabilidade. Além de ser a companheira fiel da mamãe, também tem que ser princesa do papai e a alegria dos irmãos. Se hoje me orgulho de ser quem sou, com certeza devo a eles a construção do meu caráter e da minha personalidade.
Sempre fui muito protegida, muito cuidada, muito amada. Talvez por isso eu não admita ter alguém do meu lado que não me ame tanto quanto eles, ou pelo menos o quanto eu sei que mereço.
Tive uma infância linda, pura do jeito que tem que ser. Lembro da primeira professora, da primeira melhor amiga, - créditos a Tia Socorro e a Patrícia Mussi - as dancinhas do colégio, as brincadeiras de rua, as aulas de ballet.. e de repente, a primeira paixão: era o início da adolescência.
Como sempre fui "muito" em tudo, na adolescência não seria diferente. Muito tímida, muito insegura até, acho que todos nós somos em determinado momento da vida. Muito amiga e dedicada ao que me propunha fazer, mesmo que por vezes tenha tropeçado no caminho. Fui aprendendo a lidar com minhas limitações e a supera-las, que é o mais importante. E assim encarei a primeira paixão não correspondida, a primeira prova de vestibular, o primeiro namoro sério (e o fim dele), o primeiro emprego e a primeira grande pergunta: O que eu quero pra mim? Momento tenso. O divisor de águas. Grande parte das pessoas faz ou já se fez essa pergunta em determinado momento. No meu caso foi decisivo, porque sempre soube o que queria pra mim e só fiz confirmar, mas quando me fiz essa pergunta acabei descobrindo outra coisa: o que eu NÃO quero pra mim. E assim, fui deixando pra trás tudo o que me limitava e me impedia de crescer, de amadurecer.  
A transição da adolescência para a vida adulta. É nessa hora que você estabele metas, objetivos. É nessa hora que temos que nos colocar como prioridade e "correr atrás", seja de uma carreira profissional, de um grande amor, ou simplesmente de ser uma pessoa melhor. O bom mesmo é quando essas três coisas estão atreladas.
  "Ela é só uma menina.." ♪ Eu me considero ainda uma menina, uma menina que ama, estuda, trabalha e que busca ser melhor a cada dia. Encarando desafios, superando medos e seguindo em frente, SEMPRE!


"Eu não me preocupo tanto com o que acham de mim. Quem geralmente acha, não achou, nem sabe ver a beleza dos meus avessos, que nem sempre eu revelo. O que me salva não é o que os outros andam achando de mim, mas o que Deus sabe a meu respeito. Eu só dou valor às palavras e pensamentos produtivos, construtivos, normalmente vindos de pessoas que me amam verdadeiramente."

(Pe Fábio de Melo)


domingo, 15 de agosto de 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ter alguém com quem contar

Como é bom ter alguém com quem contar, me peguei pensando nisso ultimamente... Tem várias formas de saber com quem se pode contar, geralmente, as pessoas que estão mais próximas de nós acabamos não considerando, não por descaso ou por qualquer outro motivo semelhante, mas porque é um "contar" diário - me refiro aos membros da família, aos melhores amigos, aos colegas de trabalho - aquelas pessoas que estão ali, dia após dia, fazendo essa troca de experiências, de favores, troca de amor na maioria da vezes.
Amor... o amor rege todas as nossas relações. Mais que isso, é ele que trás de volta aquele alguém, o qual pensavamos que não poderíamos mais contar, aquela pessoa que por algum motivo se manteve ausente da nossa vida em determinado momento. E como é bom ter esse alguém de volta. Porque as pessoas com quem você convive diariamente, você tem a certeza de que elas vão estar sempre ali - ou sempre que possível - ao seu lado. Já aquela pessoa que se afastou, que se manteve distante, essa sim você sente falta, sente saudade e sente ne-ces-si-da-de de se fazer presente na vida dela. Na maioria das vezes é essa pessoa que mais precisa de alguém pra contar, e que bom quando esse alguém pode ser eu, você, qualquer um de nós.
Cultivar relações que nos façam bem, é essa a frase de ordem. Hoje, tem pessoas que considero indispensáveis na minha vida e, por alguns momentos, pensei que tinha perdido uma dessas pessoas. Que bom que me enganei, que bom que eu a tenho de volta e junto com ela a certeza de que podemos contar um com outro para o resto da vida, porque o que nos uniu foi o amor, o Amor que vem de Deus.
Com essa pessoa aprendi a me permitir, a arriscar, a aproveitar cada momento, a agir sobretudo com o coração. Essa pessoa me fez reencontrar Deus e consequentemente fez com que eu me reencontrasse, posto que só Deus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Como eu tava distante do meu caminho, das minhas verdades, da minha vida...
Deus através dos seus anjos me trouxe de volta pra Ele, através de um anjo em especial. E hoje sou feliz em saber eu realmente tenho alguém com quem contar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Repensando...

Quando tivermos vontade de romper com alguém, de lhe dizer impropérios, de lhe lançar em rosto "muitas verdades", estanquemos a vontade... Consultemos os arquivos da memória e lembremos quantas vezes aquela pessoa foi nosso sustentáculo, nosso apoio. Quantas vezes nos ajudou, quantas alegrias colocou em nossas vidas, quanto nos serviu. Com certeza nos surpreenderemos descobrindo que a soma dos benefícios recebidos supera em muito a do momento atual. Finalmente, nós mesmos haveremos de reconhecer como nossa vida se tornaria insípida sem aquela criatura que DEUS colocou em nosso caminho.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010



"Eu gosto do risco, dos que arriscam. Tenho admiração plena por quem segue o coração..."


Risco... O que vem a ser? Arriscar - se. Eu arriscaria dizer - repare no comprometimento que a palavra carrega - que é a atitude compreendida entre o medo que nos prende as nossas velhas limitações e a vontade de encarar novos desafios. É a ação no sentido mais real da palavra. É como mergulhar de cabeça em um lago desconhecido, envolve toda uma atmosfera de incertezas.
Para arriscar algo, é necessário primeiramente não pensar. Sim, não pensar... é preciso sentir! Sentir com o coração. Esse pequeno orgão que nos mantém vivos, que pulsa de acordo com a intensidade dos momentos vividos, de acordo com as emoções. Pessoas muito racionais geralmente não se arriscam, não sentem prazer em buscar algo novo, em apostar. Essas pessoas gostam de saber onde estão pisando, gostam do previsível.
Só arrisca quem sente, quem vive plenamente suas emoções, quem é guiado pelo coração. Tenho profundo admiração por esse tipo de pessoa, até porque eu sou assim e aprendi a aproveitar as oportunidades, a arriscar sem ter medo. Tem um texto da Chiara Lubith que diz: "nada do que é feito por amor é pequeno". Eu, mais uma vez, me arriscaria em dizer que nada do que é feito COM AMOR é pequeno. Por isso ouça seu coração, aquela voz interior que chamamos de "consciência" quase sempre é ele se manifestando... Arrisque - se se for necessário! Nada é perdido quando se tem coragem pra seguir em frente de coração aberto e encarar novos desafios.