Vovinha...
Hoje completaram sete dias da sua
volta para o céu. Sete dias... era exatamente esse o período que a senhora
passava em casa. Uma semana para cada filho e sua família, o José César e as
quatro Marias. Tenho muito orgulho de ter nascido de uma dessas Marias, a Maria
do Carmo. Mais orgulho ainda eu sinto em saber de onde ela veio, do amor que
ela foi gerada. Meu avô Raimundo e minha avó Rosilda, que saudade do cheirinho
de vocês! Eu sei que era essa a sua vontade vó, descansar em paz, como as
pessoas costumam dizer. Realmente esse mundo não é para pessoas como você.
Mas e a saudade? O que fazer com ela? Ainda não sei o que fazer com a minha,
choro toda noite... mas quando sinto ela bater forte, eu rezo, sei o quanto a
oração agrada a ti e a Deus. Apesar da saudade, a sensação que eu tenho é que
semana que vem a senhora vai chegar aqui para passar a semana com a gente. E tomara
que essa sensação não passe nunca vó, assim eu te sinto mais perto. Que continues
vindo e transbordando nosso lar de paz e de alegria como era sempre a cada
chegada sua. O seu cantinho no sofá, na mesa da cozinha, no jardim do papai, no
meu quarto e no meu coração vão continuar sendo seus. Vem sempre que quiser,
vó! Agora estais livre das limitações desse mundo... Agradece a Deus por mim, tá? Por Ele ter me dado a oportunidade de conviver com um anjo como você.
Te amo vovinha, até semana que
vem...
Um cheiro de vó (como eu
costumava dizer)!