sexta-feira, 31 de julho de 2015

Tempo

Os meses passam, um ano começa, outro termina e eu fico aqui ensaiando desculpas novas para não escrever mais. Ultimamente só tenho escrito emails, ofícios e quando dá tempo mensagens no whatsapp (risos). Já estamos em julho de 2015 - que nada, amanhã já é agosto! - e parece que muito de mim ficou nos anos que já terminaram, inclusive minha sensibilidade para o que realmente é importante. 
A vida segue e nós seguimos com ela, mas as lembranças daqueles anos em que eu acreditava que tinha o controle sobre mim, sobre minhas escolhas, meus sentimentos, só mostram o quanto eu estava enganada... E as vezes me pego pensando no que fiz e no que deixei de fazer nessa época. 
O fascínio adolescente, a pureza dos amores, a coragem para enfrentar o mundo, para onde isso tudo vai quando ficamos adultos? É tanta cobrança e responsabilidade que a cada ciclo que se encerra e outro inicia, parece que estamos mais longe de nós mesmos.
Como não se perder? Essa resposta ainda não sei, mas aos anos que se passaram eu deixo o meu muito obrigada pelo o que sou hoje, afinal, só com a maturidade pude analisar melhor a minha juventude e as escolhas que me trouxeram até aqui.
Aos vinte e sete talvez eu pouco me assemelhe a quem eu era aos dezessete, mas o romantismo ainda trago comigo, o prazer de ouvir uma boa música e ser tocada por ela também, o brilho nos olhos quando estou feliz, a esperança nas pessoas e sobretudo em mim, para que eu não seja só mais alguém engolido pelo tempo e pelas desculpas que aprendemos com ele.