quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tal do amor

Às vezes me sinto a peça faltando em você 
Às vezes me sinto à beça, você nem merece ter
Às vezes me sinto um castigo, uma praga, sua maldição

Às vezes me sinto um abrigo, uma graça, sua salvação
Mas se me desmantelo ao acaso
Logo me refaço ao sabor do vento que sopra a favor
Oito e oitenta por ruas estreitas do pensamento
 
De todo bom jogador
Às vezes me sinto um ódio sobrando em você
 
Às vezes me sinto um país que você nunca vai conhecer
Às vezes me sinto arriado nos quatro pneus
 
Às vezes me sinto nomeado interino de Deus
Mas se me desmantelo ao acaso
Logo me refaço ao sabor do vento que sopra a favor
Oito e oitenta por ruas estreitas do pensamento
 
De todo bom jogador
E se a gente perder
Que seja derrota suada, sofrida, roubada...
De mão beijada nem a pau!
E se a gente ganhar
Que seja vitória disputada, merecida, conquistada...
Vou pro pau!
Apostar na parte bacana do tal do amor
Do tal do amor.

(Jay Vaquer)

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