terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vinte e dois



É interessante parar para analisar a nós mesmos. Sempre me recordo com carinho do caminho percorrido até aqui. Vinte e dois anos e um milhão de lembranças e aprendizados.
A infância.. filha caçula de uma família cercada de homens para todos os lados, enviada por Deus pra completar o papai, a mamãe e os quatro irmãos. A filha mulher, grande responsabilidade. Além de ser a companheira fiel da mamãe, também tem que ser princesa do papai e a alegria dos irmãos. Se hoje me orgulho de ser quem sou, com certeza devo a eles a construção do meu caráter e da minha personalidade.
Sempre fui muito protegida, muito cuidada, muito amada. Talvez por isso eu não admita ter alguém do meu lado que não me ame tanto quanto eles, ou pelo menos o quanto eu sei que mereço.
Tive uma infância linda, pura do jeito que tem que ser. Lembro da primeira professora, da primeira melhor amiga, - créditos a Tia Socorro e a Patrícia Mussi - as dancinhas do colégio, as brincadeiras de rua, as aulas de ballet.. e de repente, a primeira paixão: era o início da adolescência.
Como sempre fui "muito" em tudo, na adolescência não seria diferente. Muito tímida, muito insegura até, acho que todos nós somos em determinado momento da vida. Muito amiga e dedicada ao que me propunha fazer, mesmo que por vezes tenha tropeçado no caminho. Fui aprendendo a lidar com minhas limitações e a supera-las, que é o mais importante. E assim encarei a primeira paixão não correspondida, a primeira prova de vestibular, o primeiro namoro sério (e o fim dele), o primeiro emprego e a primeira grande pergunta: O que eu quero pra mim? Momento tenso. O divisor de águas. Grande parte das pessoas faz ou já se fez essa pergunta em determinado momento. No meu caso foi decisivo, porque sempre soube o que queria pra mim e só fiz confirmar, mas quando me fiz essa pergunta acabei descobrindo outra coisa: o que eu NÃO quero pra mim. E assim, fui deixando pra trás tudo o que me limitava e me impedia de crescer, de amadurecer.  
A transição da adolescência para a vida adulta. É nessa hora que você estabele metas, objetivos. É nessa hora que temos que nos colocar como prioridade e "correr atrás", seja de uma carreira profissional, de um grande amor, ou simplesmente de ser uma pessoa melhor. O bom mesmo é quando essas três coisas estão atreladas.
  "Ela é só uma menina.." ♪ Eu me considero ainda uma menina, uma menina que ama, estuda, trabalha e que busca ser melhor a cada dia. Encarando desafios, superando medos e seguindo em frente, SEMPRE!


"Eu não me preocupo tanto com o que acham de mim. Quem geralmente acha, não achou, nem sabe ver a beleza dos meus avessos, que nem sempre eu revelo. O que me salva não é o que os outros andam achando de mim, mas o que Deus sabe a meu respeito. Eu só dou valor às palavras e pensamentos produtivos, construtivos, normalmente vindos de pessoas que me amam verdadeiramente."

(Pe Fábio de Melo)


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